sábado, 25 de abril de 2009

Capítulo XXVII

por tito leitão peçonhento (de volta das cinzas)

CAPÍTULO XXVII:
A HORA E VEZ DE BRUNO IHA


Se até o chato do burrinho pedrês teve sua hora e vez em sagarana, por que com nosso querido anti-herói haveria de ser diferente? A hora da verdade do nosso protagonista não tardará em chegar, aguardem!
Aposto meus mentos sabor coca-cola com limão que os leitores acharam que Bruno Iha fora atacado por um advogado e morrera tragicamente. Mas felizmente - não só para o personagem mas também para a continuidade da estória, é claro - estavam enganados.
O grito de terror ouvido pelo nosso infame poeta fora proferido pela vizinha de carlos, que havia sido atacada durante o banho por um advogado que fora em vida um menino de 5 anos - um requinte de terror que nos lembra uma cena brilhante do clássico "pet sematery", do Stephan King.
Bruno Iha acordou 2 dias depois, às 15:47 do dia 15 de agosto de 2013, o dia em que texugo city apagou.
Abriu os olhos. Olhou por cerca de 2 minutos a poça de sangue coagulado que o cercava. Descolou vagarosamente as bochechas suculentas do gélido mármore. Suas articulações doiam, seus olhos latejavam.
- Que fome, Pensou bem alto.
Levantou graciosamente e se apoiou no corrimão. Deu uns passos destrambelhados até a cozinha onde encontrou, radiante, uma caixa de ovos.
- Granja Iha, da familia Iha para a sua família.
Nosso gracioso personagem comeu, em menos de 97 segundos, cerca de 7 ovos. crus. quando mordeu a casca do oitavo sentiu um volume estranho adentrar sua boca.
Cospiu imediatamente. Um monstroso feto de galinha cai no chão. nojo. não vomitou - não era tolo de desperdiçar comida.
Meus queridos leitores devem estar se perguntando como bruno iha pode não ter sido devorado quando permaneceu por dois dias indefeso enquanto 99% da população da Cidade do Texugo possuia colhões. Eu vos explico. Há três motivos simples:
1) Advogados não comem outros adovogados
2) Advogados 2.0 não perdem a capacidade de distinguir a casa de um advogado 1.0 mesmo se tiverem colhões. E, não tendo interesse em mais advogados, iam procurar carne de melhor qualidade.
3) Era impossível não ver que a casa de carlos era a casa de um advogado.
Voltando à nossa estória.
Olhando para o aborto galináceo ali estirado, Bruno Iha teve um Insight:
- Eu não como o que desprezo. Advogados são mal comidos. Advogados não são apetitosos. Nem mesmo os advogados devem achar outros advogados apetitosos. Eureka!
[Bruno não se despiu nem correu pelas ruas de Ciracusa, mas garanto a meus leitores que a sua dança da vitória foi 10 vezes mais sexy do que poderia ter sido Arquimedes correndo nu e ensaboado - mesmo se arquimedes fosse igual brad pitt. Ah, brad pitt correndo nu e ensaboado...]
Sim, a lógica do nosso anti-herói estava furada - não no que diz respeito a advogados serem mal-comidos, é claro - no que tange a repulsa de advogados 2.0 por advogados tradicionais, já que Agonizzi não titubeou antes de devorar seus sócios. É que nem uma mente privilegiada (o que não é o caso) seria capaz de imaginar que a posse de colhões poderia rebaixar um ser que um dia foi humano a ponto de ter um discernimento tão infinitamente limitado.
O que importa é que Bruno Iha teve a brilhante - ou pelo menos o que lhe pareceu uma brilhante - idéia. Decidiu que prosseguiria sua busca pelos senhores seus pais e pela sua dulce vuela - mas não seria tonto, sairia sujo de sangue e vestido de advogado. nenhum advogado ousaria duvidar de sua identidade.
Bruno Iha subiu até o elegante closet de carlos. Abriu seu armário. Lá estava: 7 conuntos de univorme de xerocador de contratos junior - um para cada dia da semana.
Nosso herói vestiu um elegante terno de risca de giz, mocassins italianos com fivela dourada, um cinto de tramas de couro com fivela também dourada (combinando com o sapato, é claro), uma camisa rosa-calcinha, uma gravata azul-marinho, abotoaderiras do Lions Club e charutos cubanos.
Não tenho palavras para descrever o gracioso movimento dos quadris avantajados de Bruno Iha presos naquela calça social de microfibra armani ma-ra-vi-lho-sa.
O protagonista abre heroicamente a porta da rua e avista ao longe uma reunião - como costumamos chamar um grupo de advogados - se aproximar.
- É agora, chegou a minha vez.

Será que o disfarce de Bruno Iha funcionará? Será nosso herói devorado por advogados? Conseguirá nosso cordeiro em pele de lobo salvar seus familiares?
Veremos no próximo episódio.

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