por tito procópio peçanha
CAPÍTULO XXI: A INCRÍVEL E TRISTE ESTÓRIA DE BRUNO IHA E SEU DESTINO DESALMADO
Vocês devem estar se perguntando como teve continuidade a saga de bruno iha. Sendo essa estória não mais que um exercício sobre o alcance da estupidez humana não podemos nos despreender da evolução do agente empírico que, como o vôo da borboleta que causa um tufão na manchúria, é a origem primordial de toda a desgraça que aqui tão carinhosamente desenvolvemos.
No último episódio vimos como nosso ilustre anti-herói percebeu que sua jornada seria, para a infelicidade do personagem e para o bem geral da nação, totalmente solitária.
Bruno Iha sabia que era tarde demais para tentar salvar a vida de letícia, mas pensou que ainda poderia fazer um grande bem à humanidade com o grande poder que emanava do death note. Era só descrever as circunstâncias da morte e o destino de qualquer um estaria selado.
- qualquer um, sorriu
Infelizmente nosso leitores já sabem o futuro dessa saga e já estão cientes de que bruno não fez o favor de matar Marta Suplicy ou o terrível Dr. Yoshi com um meteorito, uma doença venérea de cabras ou com um figo envenenado.
O que os leitores não sabem é que Bruno Iha tinha uma concepção bastante peculiar de "bem para a humanidade". E um senso de humor ainda mais peculiar. Nosso infame pensador escreve, com um misto de ironia, insanidade e sabedoria, simplesmente:
Literatura - Márcia Goldschimit escreve um livro de sonetos eróticos e ganha o nóbel.
Leve estremecimento de prazer.
- genial.
A estranha sensação de alegria sincera e liberdade duraria 12 passos e 13 degraus.
- sangue
Os últmos degraus da escada estavam enxarcados de sangue. Um lento fio de líquido grosso e latejante escorria em direção ao chão de marmore carrara no hall. Explosão.
Um longo grito rasga o silêncio. múmia paralítica. Nos 30 segundos que se seguiram os tons se tornavam cada vez mais graves. Nos 7 segundos seguintes cada vez mais mórbidos. Nos últimos 8 segundos um grande ornitólogo diria que é o grito de vingança de um tucano esquizofrênico. 17 segundos de pausa. última e macabra nota de desespero.
Grave estremecimento de pavor.
- paff
descendo do terceiro para o segundo degrau bruno escorrega. suas mãos suadas agarram o corrimão. seus formosos quadris descem estabalhoadamente batendo nos últimos degaus até deslizar pelo sangue que cobria o chão. A mão se solta. A cabeça bate no primeiro degrau como um coco preenchido com concreto bateria num parachoque.
o corpo desce vagaroso. 156 segundos depois as gordas bochechas de Bruno iha se encostariam no gelado do piso e no pastoso do sangue.
- eu sabia que a gente boiava no mar vermelho mas não achei que era tão vermelho. deve ser coisa dos bizantinos.
continua no próximo episódio.
sábado, 31 de janeiro de 2009
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não sei se eu gostei.
ResponderExcluirgostaria de saber a opinião de vocês.
qualquer coisa eu reescrevo.
;)
eu gostei bastante.
ResponderExcluirsó fico pensando se é legal matarmos todos os nossos personagens sempre que começamos a gostar deles.
pera aê!
ResponderExcluirduas observações:
1) quem disse que bruno iha morreu?
2) a literatura não é exatamente um personagem.
enfim, me aguardem!
uaaaaa (rizada maléfica)
;)