segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Capítulo XVII

por Tito Peçanha Le Couchon (Narração) e Carlos Elias 2.0 (Caderno)

CAPÍTULO XVII:
MORTE - O ALTO CUSTO DA VIDA


Lembram do doce e inocente bruno iha? do pueril e solitário responsável por essa infinita tragédia? É parte da sequência de sua infame trajetória que esse capítulo deve recuperar.
Depois de jurar vingança à raça dos advogados carnívoros e decidir que salvaria seus pais e sua querida vuela nosso famigerado e infeliz anti-herói teve umaa estranha idéia:
- nunca conseguirei fazer isso sozinho.
é. pelo jeito não estava no conhecido humor "lobo solitário". e definitivamente não lembrou do velho ditado "antes só do que mal acompanhado". pensou:
- porque não o Carlos? ele sempre manteve um profundo desejo por vingança, mora aqui perto e conhece o inimigo como ninguém.
Carlos havia sido promovido a Xerocador de Contratos Júnior na Agonizzi & Sons na semana anterior.
Bruno vestiu sua camisa preferida, onde se lia "eu fui a Quixeramubim no Rio Grande do Norte e vi o maior Cajueiro do Mundo" e saiu em direção a casa do amigo armado apenas com um chaco, a faca de cortar panetones de sua dulce vuela e 12 caixas de fósforos.
Não pegou o carro - sua mãe o mataria se soubesse que dirigiu sozinho num dia de lua cheia. A bicicleta estava quebrada, para variar. foi a pé.
As ruas estavam estranhamente vazias.
Chegou. pela primeira vez em anos viu o portão aberto.
- estranho.
Entrou. Foi até a porta. A chave estava lá, destrancou.
- Merda
Havia machucado o dedo ao virar a maçaneta, para variar. bosta de porta.
Entrou. Ninguém, subiu as escadas.
Quarto de Carlos. ninguém. nada de estranho, apenas um enorme poster de Jim Morrison completamente nu e um caderno preto fechado sobre a mesa. dois pensamentos.
1) completamente gay
2) porque não ler?
Na capa se lia em letras prateadas "Death Note". Abriu. Apenas a primeira página havia sido usada. Caneta bic azul.
- nipeless

Letícia A. Morsa - Letícia não morreu, foi Morta.
Quando Carlos começou a estagiar na Agonizzi & Sons já imaginava que talvez nunca se tornasse mais que um cadáver adiado que procria, mas nunca cogitou a possibilidade de que em algum dia seu único desejo fosse alimentar-se de carne humana viva.
Nem Letícia.
Quando, por coincidência, encontrou Carlitos não notou, desatenta que era, as suas feridas podres e sanguinolentas, o seu andar lento, retardado e o seu olhar oblíquo e mórbido. Logo foi abraçá-lo.
- Carlitos, querido, como vai?
Carlos já mordia seu pescoço, seus braços (que ainda em vida afirmava que eram gostosos), seus seios, seu ventre, suas pernas. E Letícia tentava se desvencilhar. Não conseguia. Carlos a prendia firmemente enquanto alimentava-se da sua carne.

Bruno estava sozinho.
- Merda, pensou o personagem
- Thank God, pensou o autor

2 comentários:

Não se acanhe, meu rei!
não há um membro do corpo produtivo que não goste de um comentariozinho nos seus posts...
;)