sábado, 10 de janeiro de 2009

Capítulo XII

por tito peçanha leitão, the mulato of morro do coco

CAPÍTULO XII: CAOS INTERNACIONAL


3 dias depois do início do Processi, apesar do Habeas Corpus estar (aparentemente) devidamente isolado, o cenário internacional era caótico.
Para começar todos os países fecharam suas fronteiras e cessaram todas as formas - legais - de comércio internacional.
total caos.
Casas eram transformadas em fortes, pessoas acumulavam estoques de comida. O preço das armas aumentara em 4000%, o dos alimentos 2700%, o dos combustíveis 1300% e o dos materiais de construção 800%. Bancos quebravam devido à corrida por saques.
Como se não bastasse o jornal Saudita "Luz de Allá" havia denunciado ao mundo a existência do "exterior do Quarto", fortaleza mantida pelo governo dos países mais ricos do mundo e considerada o único lugar a salvo de uma pandemia de COLHOES, causando grande roboliço na população e entre os políticos. A denúncia ocorrera apenas porque o barão do petróleo e dono do dito jornal, Salomão Podredehiquedi, se recusara a pagar US$ 17,000,000,000 por uma única vaga no famigerado refúgio.
A comunidade holandesa "land vrij van advocaten" (Terra livre de advogados), protegida por monstruosas muralhas e um exército particular, mantinha estoques de alimentos e munição para garantir a sobrevicência de 30,000 pessoas por 30 anos, vendia micro-apartamentos a US$ 2,400,000,000 e cobrava uma "taxa de condomínio" de US$ 2,000,000 por pessoa por dia pela permanência em seu interior.
Uma rede de hospitais corruptos na frança vendia vacinas contra colhões.
Uma seita evangélica vendia terrenos no céu.
Milhões peregrinavam para jerusalém, para a meca, para o vaticano ou para qualquer outro lugar sagrado buscando alguma forma de redenção espiritual antes do "grande fim".

Uma corrente liderada pelo G8 propunha o lançamento de uma bomba atômica de hidrogênio sobre o Habeas Corpus para "resolver de uma vez o problema". Ironicamente essa proposta só não tinha sido efetuada ainda devido à grande influencia da mostruosa multinacional japonesa MEGACORP, que investira US$ 426,000,000,000 na compra da quase totalidade dos imóveis da região e assinara contratos estonteantes com o governo do BOTOCS para efetuar a reconstrução de toda a infra-estrutura da área.
O gigante japonês ajudaria, inclusive, a financiar a famigerada campanha "COLHOES is the new AIDS" de incentivo à busca de uma cura para o virus no lugar da eliminação dos infectados. Conseguiram (com muita grana, é claro) até o apoio da ONU, que emitira uma nota declarando que qualquer atentado contra advogados era um desrespeito aos direitos humanos e seria julgado como crime de guerra.

Talvez a face mais interessante da crise internacional seja a ação do newCACTUS, um movimento de resistência mundial que, seguindo a linha ideológica do CACTUS (para os quais todas as moléstias da humanidade, inclusive o Processi, eram causadas por advogados alienígenas) passou a assassinar sistematicamente, nos 4 cantos da terra, todos os profissionais defensores de interesses particularistas (antes conhecidos como advogados) remanescentes, portadores ou não de colhões.
Calcula-se que, apenas na primeira semana que se seguiu ao processi, 48% dos profissionais defensores de interesses particularistas sem colhões tenham sido mortos. No Brasil a cifra chegava a 89%. No Habeas Corpus havia apenas 3 advogados sem colhões vivos.

Um comentário:

  1. coloca no fim do terceiro parágrafo "e revistas de palavras cruzadas aumentaram em 1400%";

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